Rápido, como se me escondesse de mim própria, digito o url do sapo. E ainda mais rápido, faço o login e acedo aos meus blogs, ao dashboard, e ponho-me a escrever sem pensar, sem dar tempo a minha censura de me fazer apagar o que quero gritar, aquela parte de mim que chama por alguém que a queira ouvir e embalar enquanto chora desalmadamente sobre "o leite derramado", pequenos dramas insignificantes no tic tac de um relógio mais global... Admito, até aquela parte de mim que abomina a auto-comiseração e o desejo estupido de significar algo para os outros e obter aprovação nos mais mundanos gestos, tinha saudades disto... De escrever, de poder dispersar e divagar sobre o que me vai na alma, de tentar fazer sentir aos outros uma pequena parte do que sinto... Argh, mas logo vem a sensação de futilidade, de que é vergonhosa esta necessidade de se expor em busca de compreensão, que me faz ter vontade de apagar tudo o que me revele... Mas hoje vence o cansaço. Estou cansada de me tentar aguentar num só bocado, sem me quebrar nos milhões de pedaços que sinto vibrarem dentro de mim e que anseiam por se dispersar, seguindo o rumo do vento, da loucura. Shhh, não falemos mais. Hoje mostro as fissuras da minha armadura, hoje não sou a pessoa equilibrada e responsável e auto-suficiente que todos queiram que seja. Hoje sou uma criança que chora porque sim. Faço birra e choro. Estou cansada.
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